“Em Cuba, e em outros lugares da América Latina, a paineira é a árvore sagrada, a árvore do mistério. O raio não se atreve a tocá-la. O furacão tampouco. Habitada pelos deuses, nasce no centro do mundo, e de lá se eleva o tronco imenso que segura o céu. Para a curar a arrogância do céu, a paineira pergunta a ele, todo dia: – Em que pé você se apoiaria, se eu não existisse?”. O poema de Eduardo Galeano em “O caçador de histórias” publicado em 2016 pela primeira vez, nos coloca como meros mortais assistindo a uma conversa entre árvores gigantes e deuses. Histórias como essa não estão confinadas apenas nas florestas da América do Sul, mas no mundo todo.
Foi durante a corrida para a conquista do novo mundo encontrado pelos europeus, que as florestas da América do Norte eram engolidas pelo progresso que avançava da costa leste para a oeste. Foi um caçador chamado Augustus T. Dowd, que em 1852, ao perseguir um urso nas montanhas de Sierra Nevada na Califórnia, acabou adentrando em uma floresta escondida, o caçador não conseguia acreditar no que seus olhos viam. Árvores que pareciam riscar o céu, pela primeira vez em milênios encantariam o mundo.
Nos anos seguintes, mais e maiores bosques de sequoias gigantes foram descobertos, mesmo que essas florestas fossem conhecidas há séculos pelos povos originários. Eles chamavam de Wawona, uma onomatopeia que imita o som da coruja-pintada do norte (Strix occidentalis), que era considerada pelos povos de Yosemite como a guardiã da floresta. Batizada de The Discovery Tree, depois de milênios resistindo a tempestades e incêndios, um ano depois do encontro com Augustus, ela foi derrubada.
A mera existência de árvores tão grandes se infiltrou no imaginário de milhões de pessoas. Depois de derrubada, seu toco foi usado como pista de dança, pedaços da carcaça da gigante foram cortados e vendidos para museus do mundo. Mais tarde chamada ‘Mammoth Tree’, foi a faísca que o progresso precisava para a caça as outras árvores escondidas no oeste selvagem, que ano após ano eram derrubadas aos montes.
Mas essa é só uma das centenas de histórias que se repetiu ao redor do mundo à medida que árvores colossais eram descobertas. E aos poucos fomos conhecendo cada vez mais sobre a evolução, estrutura e ecologia das titãs que já viviam no planeta muito antes dos primeiros humanos caminharem pelas florestas.
Elas eram imponentes, árvores que pareciam tocar as nuvens sempre mexeram com a imaginação de inúmeros povos pelo mundo. Antes mesmo de ser palco da cena memorável de Senhor do Anéis, onde o Ents – uma raça humanóide de árvores na Terra-média – protegiam as florestas, a Nova Zelândia já abrigava bosques tão antigos quanto os últimos dinossauros. Agathis australis, comumente conhecido por seu nome maori: Kauri, é uma árvore de até 50 metros da mesma família das araucárias. Encontradas na ilha norte da Nova Zelândia, as florestas de Kauri estão entre as mais antigas do mundo, e assim com os Ents no mundo de Tolkien, também percorriam pelo imaginário dos povos nativos.
O mais antigo dos indivíduos dessas florestas foi nomeado de Tane Mahuta, levando o significado de ‘Senhor da Floresta’, o deus das florestas e dos pássaros é o filho mitológico de Ranginui e Papatuanuku, o pai céu e a mãe terra. A grande divindade da ilha norte que se ergue por 50 metros e conta uma história de 2 mil anos de idade, não é o único, o mais antigo e tampouco o mais alto.
Conhecidas por serem a escada para o céu, na América do Sul, as samaúmas (Ceiba pentandra), “a mãe” de todas as árvores é uma das rainhas que inspiraram o poema de Galeano. Com alguns indivíduos podendo chegar aos 70 metros de altura, em alguns contos ela costumava esconder a luz com sua copa frondosa. Da perspectiva humana, a base é quase tudo que se pode ver e tocar. Conhecidas como sapopembas, as raízes proporcionam uma base ampla e estável para as árvores gigantes, permitindo que elas cresçam em solos rasos ou arenosos, comuns em florestas tropicais. A estrutura radial das raízes distribui o peso da árvore de maneira uniforme, prevenindo quedas durante tempestades e ventos fortes. Mas essas raízes são apenas um dos mecanismos que permitem com que árvores gigantes possam alcançar alturas impressionantes.
Assim como as sequoias, merantis e sumaúmasfsm, essas espécies enfrentam desafios físicos devido ao seu tamanho imenso. A necessidade de suportar seu próprio peso, resistir a ventos fortes, garantir a estabilidade e a saúde estrutural, além de transportar nutrientes e água por grandes distâncias são perguntas sobre como fazem para serem tão altas.
Como elas crescem tanto?
Alcançando alturas de mais de 100m, as sequoias californianas dominam as outras espécies de árvores que crescem nas montanhas nebulosas da Sierra Nevada. Seus troncos maciços sustentam as árvores mais altas conhecidas no mundo, mas até mesmo esses gigantes parecem ter seus limites. Nenhuma sequoia registrada conseguiu crescer mais que 130m, e muitos pesquisadores dizem que essas árvores não superarão esse limite, mesmo que vivam por milhares de anos. Então, o que exatamente impede essas árvores de crescerem indefinidamente? Tudo se resume à seiva.
Para que as árvores cresçam, elas precisam transportar açúcares obtidos da fotossíntese e nutrientes trazidos pelo sistema radicular até os locais onde o crescimento está acontecendo. E, assim como o sangue circula no corpo humano, as árvores são projetadas para circular dois tipos de seiva por todo o corpo, carregando todas as substâncias que as células da árvore precisam para viver.
O primeiro é a seiva do floema, que contém os açúcares gerados nas folhas durante a fotossíntese. A seiva do floema é espessa como mel e flui pelo tecido do floema da planta para distribuir açúcar por toda a árvore; no final de sua jornada, a seiva do floema se torna uma substância aquosa, acumulando-se na base da árvore. Logo ao lado do floema está o outro tipo de tecido da árvore, o xilema. Este tecido é repleto de nutrientes e íons como cálcio, potássio e ferro, que a árvore absorveu por meio de suas raízes. Aqui, na base da árvore, há mais dessas partículas em um tecido do que no outro, então a água da seiva do floema é absorvida pelo xilema para corrigir o equilíbrio. Esse processo, chamado de movimento osmótico, cria a seiva do xilema rica em nutrientes, que então viajará pelo tronco para espalhar esses nutrientes por toda a árvore.
Mas essa jornada enfrenta um obstáculo desafiador: a gravidade. Para realizar essa tarefa, o xilema conta com três forças: transpiração, ação capilar e pressão radicular. Como parte da fotossíntese, as folhas abrem e fecham poros chamados estômatos. Essas aberturas permitem a entrada e saída de oxigênio e dióxido de carbono na folha, mas também criam uma abertura pela qual a água evapora.
Essa evaporação, chamada transpiração, cria pressão negativa no xilema, puxando a seiva aquosa do xilema para cima da árvore – como se estivéssemos tomando um refrigerante por um canudo, podem superar a gravidade, lançando a seiva a alturas. Esse puxão é auxiliado por uma propriedade da água chamada ação capilar. Em tubos estreitos, a atração entre moléculas de água e as forças que grudam umas às outras vertiginosas, distribuindo nutrientes e fazendo crescer novas folhas para realizar a fotossíntese. Mas, apesar desses sistemas sofisticados, cada centímetro é uma luta contra a gravidade à medida que as árvores crescem mais e mais.
O suprimento desses fluidos vitais começa a diminuir a uma certa altura. As árvores não podem mais se dar ao luxo de perder a água que evapora durante a fotossíntese e, sem a fotossíntese necessária para sustentar o crescimento adicional, a árvore direciona seus recursos para os galhos existentes. Esse modelo, conhecido como a hipótese da limitação hidráulica, é atualmente nossa melhor explicação para o porquê as árvores têm alturas limitadas, mesmo em condições de crescimento perfeitas. Até agora, os limites têm se mantido — mesmo a árvore mais alta do mundo ainda está cerca de 15m abaixo do limite.
As donas das florestas
Até cerca de uma década atrás acreditava-se que árvores tão grandes como as sequoias-vermelhas – de até 115 m, eram encontradas apenas em regiões temperadas, de clima mediterrâneo, onde não faz muito calor nem há uma estação seca muito marcada, poderiam abrigar árvores tão altas. Assim como as gigantes de Sierra Nevada, outras titãs na Austrália e no Chile, vivem em condições únicas, perto do mar, onde as flutuações de temperatura são menores e a brisa sobre a massa d’água ajuda a formar uma neblina importante para evitar estresse hídrico na estação seca. São espécies que conseguem se hidratar muito mais pelas folhas do que pelas raízes.
Foi somente nos anos 2000 que conseguimos ter um vislumbre de que árvores gigantes não se restringiam apenas a zonas temperadas. Afinal, que outros organismos poderiam competir com árvores do porte do General Sherman (Sequoiadendron giganteum) de 83 m de altura, ou o Centurion, um eucalipto (Eucalyptus regnans) que rasga o céu a 100 metros do chão. Pelas florestas tropicais apresentarem condições muito diferentes, era difícil de imaginar que árvores pudessem crescer tanto, imaginávamos que a temperatura imporia restrições ao crescimento, já que o calor induz a uma respiração mais alta, que leva à perda de carbono.
Sequoia gigante; foto de Michael Nichols
Mas árvores excepcionalmente grandes estão sendo encontradas a uma velocidade jamais vista antes, com a tecnologia tendo um papel fundamental nessas descobertas. O que antes era necessário uma grande equipe de exploradores, dias de caminhada e contar com a sorte de esbarrar com árvores monumentais, hoje com algum financiamento, é possível adquirir aparelhos que potencializam a nossa busca pelas sentinelas dos trópicos.
Na virada da década de 2010, descobrir árvores gigantes em áreas pouco exploradas, se tornou uma febre. Em abril de 2019, um meranti-amarelo (Shorea faguetiana) de 100,8 metros foi encontrado na Malásia. No mesmo ano, foram encontradas árvores com mais de 80 metros na Amazônia – como o Angelim Vermelho (Dinizia excelsa) com a altura de um prédio de 30 andares. Por meio de sobrevoos de avião equipado com uma tecnologia óptica chamada Lidar, ela consegue escanear um terreno por meio de feixes de laser e gerar dados para um modelo tridimensional da área. Durante esse estudo foram visitadas quase 900 áreas, cada uma com uma área equivalente a 375 campos de futebol.
A mesma tecnologia foi utilizada em 2023 para encontrar a maior árvore do continente asiático, um cipreste tibetano (Cupressus gigantea) de 102,3 metros de altura, tornando-se a segunda espécie de árvore mais alta do mundo, depois da sequoia da costa americana. Através desta pesquisa, além do cipreste mais alto do Tibete, foi descoberto muitas árvores com mais de 85 metros, incluindo 25 árvores com mais de 90 metros de altura, o que melhorou o recorde de altura das árvores na China e até na Ásia. Estudos demonstraram que a existência de árvores altas pode revelar a integridade do ecossistema na área onde crescem.
Esse tipo de tecnologia é indispensável para encontrar árvores tão imensas nas florestas tropicais, especialmente na América do Sul. O continente possui cerca de 40% do total de espécies de árvores do mundo. Florestas úmidas sul-americanas, como a Amazônia e a Mata Atlântica, têm quase quatro vezes mais espécies de árvores do que as matas africanas. Na mesma intensidade, o Cerrado, abriga o dobro de espécies arbóreas do que as savanas do outro lado do Atlântico. As grandes bacias hidrográficas do continente e sofrerem em menor escala com os efeitos das glaciações, podem explicar essa grande diversidade.
Entre as enormes castanheiras (Bertholletia), jequitibás (Cariniana), piquiás (Caryocar), araucárias (Araucaria) e tauaris (Couratari), é difícil mensurar e encontrar árvores que passem dos 60 metros de altura nas nossas florestas. Cerca de 50% da maior diversidade de árvores tropicais na América do Sul pode ser alocada em apenas oito ou nove grandes famílias de árvores. Em 2016 o número de espécies de plantas apenas no Brasil era de 46 mil, com 250 novas descobertas todos os anos. Em número de espécies endêmicas, perde apenas para grandes ilhas como Austrália, Madagascar e Papua Nova Guiné, cujo isolamento favorece a formação de variedades únicas.
O Brasil é o lar de pelo menos 200 das cerca de 1.500 espécies de árvores gigantes já encontrada em florestas do mundo, ainda que as espécies tropicais sejam bem menos estudadas que as de clima temperado. As florestas tropicais representam um componente-chave da sustentabilidade global, ao mesmo tempo que as florestas mais antigas, continuam a ser implacavelmente convertidas em paisagens degradadas modificadas pelo homem.
Árvores tão grandes não são meros monumentos para encantar nossos olhos, elas têm um impacto ecológico significante. Para fornecer um único exemplo, as florestas do Sudeste Asiático e sua flora contêm mais de 500 espécies de árvores gigantes. Embora essas árvores geralmente representem uma pequena fração da abundância total das espécies, elas são responsáveis pela maior parte da biomassa florestal, contribuindo assim com a maior parte dos efeitos nos ciclos biogeoquímicos e processos ecossistêmicos, como armazenamento de carbono, ciclo da água e dinâmica de nutrientes.
Árvores imensas representam uma estratégia única de história de vida física, funcional e ecológica que não pode ser substituída por outros grupos de plantas. Ultrapassar o dossel florestal, permite com que essas árvores criem uma complexidade de micro habitats para diversos organismos. As imensas copas filtrando a luz solar direta acima do dossel da floresta fornecem um amortecimento térmico e gradientes microclimáticos verticais para que outras espécies sobrevivam.
Um exemplo prático disso são as epífitas, que representam mais de um terço de todas as espécies de plantas vasculares em algumas florestas tropicais. No Brasil, quase metade de todas as espécies de bromélias que ocorrem na Mata Atlântica são encontradas nas copas iluminadas suportadas por espécies de árvores que rasgam o teto florestal. Além das epífitas, aves, morcegos, anfíbios, répteis, aranhas e insetos, várias espécies de primatas de florestas tropicais escolhem grandes árvores emergentes como locais seguros para dormir.
Em particular, várias espécies de gibões costumam dormir nas árvores emergentes mais grossas, altas e de copas grandes. Como os gibões não constroem ninhos, são muito vulneráveis a ataques de predadores, incluindo aves de rapina, cobras e felídeos. Ao dormir em grandes árvores emergentes, os primatas não apenas evitam a competição com outros animais, mas também minimizam o risco de predação.
Com seus grandes sistemas de raízes e a folhagem que muitas vezes esconde a luz do sol, as árvores gigantes podem controlar o funcionamento do ecossistema, alterando padrões de disponibilidade de recursos, condições microclimáticas e regimes de chuvas regionais. Elas também são responsáveis por sustentar diversas espécies de sub-bosque, evitando assim o colapso do ecossistema. Assim, essas titãs desempenham um papel crucial frente as mudanças climáticas que encaramos bem diante de nossos olhos.
Entre árvores e homens
Assim como vimos no começo desse ensaio, árvores sempre fizeram parte da cultura humana. Elas não são presentes apenas em locais de adoração, árvores são palco de rituais, incluindo casamentos, cerimônias de chuva, funerais – eu mesmo fui batizado embaixo de um Juazeiro centenário no sertão da Bahia. Muitas árvores sagradas incluem espécies de árvores gigantes tropicais. Os baobás, por exemplo, são entidades sagradas, onde segundo histórias, sua aparência de galhos retorcidos se deve a ira de um Deus, que arrancou o baobá do solo e o plantou de ponta cabeça. Na Índia, as figueiras estranguladoras, que começam a vida como pequenas epífitas, atingem estaturas imensas. Buda alcançou a iluminação sob a copa de uma figueira, que agora é chamada de árvore Bodhi.
À medida que as atividades humanas tocaram cada canto do planeta, espécies vegetais começaram a desaparecer a uma velocidade alarmante. A rápida perda de habitat é, de longe, a ameaça que mais impacta a existência de árvores tropicais, mas o desmatamento não é um processo aleatório. Historicamente, o desmatamento tem sido concentrado em florestas com áreas adequadas para a agricultura, como terrenos planos em solos férteis. A trajetória de desmatamento experimentada pela Mata Atlântica, que foi reduzida a 12% de sua cobertura florestal original, ilustra uma história que se repete no mundo.
A fragmentação – uma das consequências do desmatamento -, é hoje um dos maiores vetores de perda de biodiversidade no mundo. Paisagens modificadas pelo homem tendem a se tornar progressivamente vazias, e aquelas dominadas por pequenos fragmentos florestais sofrem com efeitos de borda, que desencadeia uma cascata ecológica, aumentando a vulnerabilidade a rajadas de vento, radiação solar e ainda tem sua polinização limitada pela falta de estabilidade climática nas regiões de bordas.
A secessão de uma floresta em retalhos, também deixa essas árvores mais vulneráveis a exploração de madeira. Na maioria das florestas tropicais, a intensa exploração de madeira teve sua explosão nos anos de colônia. Perobas, cedros, canelas, ipês, jatobás, jacarandás e outras árvores encorpadas são usadas intensamente desde os primeiros anos de colonização do Brasil. Sendo destinadas à construção de pilares, casas, móveis e barcos, ainda hoje são exploradas por fornecerem as madeiras mais duras e de maior valor comercial. Exploradas excessivamente no passado, hoje a maioria das espécies gigantes foram derrubadas até o ponto de colapso populacional.
Ao mesmo tempo que enfrentam um cabo de guerra por suas florestas ancestrais. As mega árvores são desafiadas pela aceleração da crise climática. Já foram documentadas altas taxas de mortalidade entre grandes árvores em florestas tropicais, principalmente devido ao enorme estresse hídrico. Copas grandes acima do dossel florestal estão mais expostas à radiação solar elevada e a umidade que é retirada da planta pela atmosfera. Resumindo, à medida que as plantas perdem mais água, a disponibilidade dela é reduzida.
As secas induzem a desidratação e ao aumento da mortalidade entre grandes árvores de dossel, o que, por sua vez, abre o dossel, fazendo com que os raios solares invadam sub-bosque, aumentando a quantidade de biomassa morta. Isso pode resultar em um ciclo, onde as secas e mortalidade de árvores aumentam as chances de queimadas nas florestas.
Sabendo de tudo isso, entendemos o quão importante é proteger esse grupo de espécies-chave para o ecossistema. As ameaças não operam de maneira isolada, mas resultam de um processo histórico. Garantir a proteção desses monumentos escondidos nas florestas, depende apenas da nossa capacidade de poupar e restaurar florestas, promovendo o desenvolvimento socioeconômico de comunidades que vivem entre as gigantes. Garantir a autonomia dessas comunidades, é um caminho para frear a trajetória galopante em direção a paisagens degradadas.
Elas estavam aqui antes de nós, e temos a possibilidade de escolher se elas se tornarão histórias de mundo passado, onde árvores pareciam segurar o céu sob nossas cabeças, ou se elas continuarão a viver em um mundo onde podem crescer e se adaptar às mudanças recorrentes que a terra passa. A decisão está em nossas mãos, e nossas ações hoje definirão o legado verde que deixaremos para as futuras gerações.
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